[celsodeucher@hotmail.com]
Comecei na imprensa brusquense em 1988 no antigo Jornal Tribuna de Brusque... Semanário “medebista” até a raiz e que fazia o alarde político da cidade às sextas-feiras. Cheguei a dirigir o “Tribuninha” nos seus últimos suspiros, em 1989, e as encrencas eram geralmente coisa prá cachorro grande.
Todos trabalhávamos até 18 horas por dia para dar conta de uma edição semanal de 12 páginas (hoje se faz isso em uma tarde). Holmes Brasil sentado a frente de uma enorme linotype dedilhava as letrinhas e elas caiam de um magazine, formando as palavras que a própria máquina juntava e formava uma linha, que ato continuo era prensada em chumbo quente e caia em uma “cacholeta” descoberta do lado direito. Ali ela repousava alguns instantes até esfriar.
No mesmo local insalubre Airton Ferreira estava às voltas para montar a página pronta do jornal e colocar numa máquina impressora de “1900 e antigamente”(1908, mas parecia bem mais velha...). Saia uma prova para revisar e tão logo fossem refeitas as linhas, Airton “debulhava” de duas em duas páginas na sua impressora.
Eu vendia anúncios e arriscava vez por outra fazer uns artigos metendo o pau no capitalismo, demonizando os Estados Unidos, chamando políticos (que não eram do MDB) de ladrões, enfim, fazendo o gênero “se hay gobierno, soy contra”. Coisa de guri que levou uma injeção cavalar de marxismo na veia e que havia recém saído da faculdade e ainda não experimentado o fél da vida como ela é.
A redação do “Tribuninha” (era tamanho tablóide e seu principal opositor, o jornal O Município era standart), como era chamado, ficava atrás da antiga Padaria da Zita, ou na frente da antiga rodoviária, num casebre caindo aos pedaços, onde os cupins, triunfalmente já haviam se apoderado das instalações. A cada edição o “pau comia solto” nos inimigos do MDB ou em quem mais a gente não gostasse. Um meio fio fora do lugar era assunto para página inteira “debulhando” o prefeito de plantão. Por causa disso, o dono do Jornal (que geralmente não aparecia no expediente), havia levado uma gama interessante de processos na justiça.
Mas o Tribuna era muito lido e lembro-me bem que tinha até uma pichação num muro da Otto Renaux dizendo que “o Tribuna vende mais que papel higiênico”. O autor, certamente lia o jornal no local de onde tirou a inspiração para a frase, visto que pelas matérias não era muito seguro ler o semanário em praça pública.
Do Tribuninha ficaram as encrencas com políticos locais a ponto de me desencantar com alguns mandatários e mandar todo mundo “a la cria”. Em comum acordo com toda a equipe, fundamos o Correio de Brusque para substituir o Tribuna, na tentativa de tirar aquela pecha danada de “jornal marrom xiita”. Não adiantou muito...
Era dezembro de 1992... Eu e meu grande amigo (e sócio), jornalista Mauro Cadore (In Memóriam) havíamos acabado de chegar do centro da cidade onde colhemos as ultimas informações para a edição do Correio de Brusque. Mauro cuidava mais da parte jornalística e eu era o responsável por captar anúncios.
Foi neste local, naquele fim de dezembro de 1992, que se apresentou um cidadão chamado Walter de Oliveira. Apareceu lá na redação com uma folha datilografada nas mãos e perguntando quem era o Redator Chefe. Logo veio a cabeça de nós todos que poderia ser mais um oficial de justiça trazendo um novo processo. Por isso escalamos o mais experiente da turma, Holmes Brasil, para lhe atender. Visto tratar-se de coisa diversa e a visita ser muito amistosa, logo fomos todos apresentados.
Naquele dia Walter de Oliveira perguntou se havia um espaço para publicar um artigo de sua autoria e a resposta foi que naquela edição era impossível, mas que numa próxima, não teria problema. Não sei exatamente qual foi o motivo, mas acredito que o Holmes pediu este prazo para dar tempo de ler o conteúdo e ver se não era um artigo contra as nossas convicções (ou seja, contra a turma do MDB). Na verdade era uma “lenha federal” encima do poder público que estava deixando ser demolido o velho casarão Schaeffer, que ficava onde hoje está o Banco Real, na Rui Barbosa.
Deste primeiro contato, sei que efetivamente o tal artigo foi publicado e deu um “rebu” danado. O fato é que daquele dia em diante sempre me encontrava o “seu Walter” pela rua e na redação, pois praticamente todo semana ele aparecia com um novo artigo. Aos poucos estreitamos amizade e daí em diante nunca mais nos largamos. Tornamo-nos bons amigos e ao longo destes mais de 20 anos, trabalhamos e produzimos muita coisa juntos na imprensa local.
Junto com Walter de Oliveira, Holmes Brasil, Mauro Cadore, Joel do Valle e tantos outros colaboradores, protagonizamos uma verdadeira revolução na imprensa brusquense. Tiramos os jornais locais das velhas linotypes, lançando o primeiro semanário totalmente impresso no sistema off-set. Logo em seguida lançamos o primeiro jornal em cores que a cidade já teve e na sequência, lançamos o primeiro jornal diário do município de Brusque. Todos eles, com a participação efetiva de Walter de Oliveira como articulista, cronista e principalmente como editorialista.
Ao longo do tempo afinamos não apenas a amizade, mas também as idéias, o modo de ver a realidade. Sempre tive total confiança em delegar a Walter de Oliveira a função de ser a voz oficial dos meus jornais através dos editoriais.
Comecei na imprensa brusquense em 1988 no antigo Jornal Tribuna de Brusque... Semanário “medebista” até a raiz e que fazia o alarde político da cidade às sextas-feiras. Cheguei a dirigir o “Tribuninha” nos seus últimos suspiros, em 1989, e as encrencas eram geralmente coisa prá cachorro grande.
Todos trabalhávamos até 18 horas por dia para dar conta de uma edição semanal de 12 páginas (hoje se faz isso em uma tarde). Holmes Brasil sentado a frente de uma enorme linotype dedilhava as letrinhas e elas caiam de um magazine, formando as palavras que a própria máquina juntava e formava uma linha, que ato continuo era prensada em chumbo quente e caia em uma “cacholeta” descoberta do lado direito. Ali ela repousava alguns instantes até esfriar.
No mesmo local insalubre Airton Ferreira estava às voltas para montar a página pronta do jornal e colocar numa máquina impressora de “1900 e antigamente”(1908, mas parecia bem mais velha...). Saia uma prova para revisar e tão logo fossem refeitas as linhas, Airton “debulhava” de duas em duas páginas na sua impressora.
Eu vendia anúncios e arriscava vez por outra fazer uns artigos metendo o pau no capitalismo, demonizando os Estados Unidos, chamando políticos (que não eram do MDB) de ladrões, enfim, fazendo o gênero “se hay gobierno, soy contra”. Coisa de guri que levou uma injeção cavalar de marxismo na veia e que havia recém saído da faculdade e ainda não experimentado o fél da vida como ela é.
A redação do “Tribuninha” (era tamanho tablóide e seu principal opositor, o jornal O Município era standart), como era chamado, ficava atrás da antiga Padaria da Zita, ou na frente da antiga rodoviária, num casebre caindo aos pedaços, onde os cupins, triunfalmente já haviam se apoderado das instalações. A cada edição o “pau comia solto” nos inimigos do MDB ou em quem mais a gente não gostasse. Um meio fio fora do lugar era assunto para página inteira “debulhando” o prefeito de plantão. Por causa disso, o dono do Jornal (que geralmente não aparecia no expediente), havia levado uma gama interessante de processos na justiça.
Mas o Tribuna era muito lido e lembro-me bem que tinha até uma pichação num muro da Otto Renaux dizendo que “o Tribuna vende mais que papel higiênico”. O autor, certamente lia o jornal no local de onde tirou a inspiração para a frase, visto que pelas matérias não era muito seguro ler o semanário em praça pública.
Do Tribuninha ficaram as encrencas com políticos locais a ponto de me desencantar com alguns mandatários e mandar todo mundo “a la cria”. Em comum acordo com toda a equipe, fundamos o Correio de Brusque para substituir o Tribuna, na tentativa de tirar aquela pecha danada de “jornal marrom xiita”. Não adiantou muito...
Era dezembro de 1992... Eu e meu grande amigo (e sócio), jornalista Mauro Cadore (In Memóriam) havíamos acabado de chegar do centro da cidade onde colhemos as ultimas informações para a edição do Correio de Brusque. Mauro cuidava mais da parte jornalística e eu era o responsável por captar anúncios.
Foi neste local, naquele fim de dezembro de 1992, que se apresentou um cidadão chamado Walter de Oliveira. Apareceu lá na redação com uma folha datilografada nas mãos e perguntando quem era o Redator Chefe. Logo veio a cabeça de nós todos que poderia ser mais um oficial de justiça trazendo um novo processo. Por isso escalamos o mais experiente da turma, Holmes Brasil, para lhe atender. Visto tratar-se de coisa diversa e a visita ser muito amistosa, logo fomos todos apresentados.
Naquele dia Walter de Oliveira perguntou se havia um espaço para publicar um artigo de sua autoria e a resposta foi que naquela edição era impossível, mas que numa próxima, não teria problema. Não sei exatamente qual foi o motivo, mas acredito que o Holmes pediu este prazo para dar tempo de ler o conteúdo e ver se não era um artigo contra as nossas convicções (ou seja, contra a turma do MDB). Na verdade era uma “lenha federal” encima do poder público que estava deixando ser demolido o velho casarão Schaeffer, que ficava onde hoje está o Banco Real, na Rui Barbosa.
Deste primeiro contato, sei que efetivamente o tal artigo foi publicado e deu um “rebu” danado. O fato é que daquele dia em diante sempre me encontrava o “seu Walter” pela rua e na redação, pois praticamente todo semana ele aparecia com um novo artigo. Aos poucos estreitamos amizade e daí em diante nunca mais nos largamos. Tornamo-nos bons amigos e ao longo destes mais de 20 anos, trabalhamos e produzimos muita coisa juntos na imprensa local.
Junto com Walter de Oliveira, Holmes Brasil, Mauro Cadore, Joel do Valle e tantos outros colaboradores, protagonizamos uma verdadeira revolução na imprensa brusquense. Tiramos os jornais locais das velhas linotypes, lançando o primeiro semanário totalmente impresso no sistema off-set. Logo em seguida lançamos o primeiro jornal em cores que a cidade já teve e na sequência, lançamos o primeiro jornal diário do município de Brusque. Todos eles, com a participação efetiva de Walter de Oliveira como articulista, cronista e principalmente como editorialista.
Ao longo do tempo afinamos não apenas a amizade, mas também as idéias, o modo de ver a realidade. Sempre tive total confiança em delegar a Walter de Oliveira a função de ser a voz oficial dos meus jornais através dos editoriais.
Um artista eclético
Mas a idéia neste artigo era fazer um pequeno histórico deste meu amigo e companheiro de tantas jornadas. Porém, não me contive e quis relembrar este momento importante na minha carreira como jornalista. A bem da verdade, antes de conhecê-lo melhor, achava que o “seu Walter” era carioca pois lá nos anos 90, tinha um sotaque que puxava o carioquês. Mas que nada, sua raiz encontra-se em São Paulo, onde nasceu em 1º de novembro de 1926. Filho de André Oliveira Fernandes e Maria Laurino Oliveira, ainda criança muda para o Rio de Janeiro (Está ai a explicação para o sotaque) em 1931 e no Atelier do pai inicia a arte da gravura em placas de prata laminada. Em 1933 inicia o curso fundamental no Grupo Escolar Campos Salles e completa o primário no Instituto Superior de Preparatório da iniciativa privada.
Guri esperto, aos 11 anos, em 1938, foi matriculado na Escola Técnica Profissional Estadual Visconde de Cayrú, de período integral. Na parte da manhã, das 7 às 11 horas, cursava ensino profissional, com oficinas da marcenaria, mecânica, tornearia e desenho e na parte da tarde, das 13 às 17 horas, estudava todas as matérias do ensino ginasial, na época incluído ensino de línguas, como o Francês, Inglês e Latim, além de Filosofia e Educação Moral e Cívica.
Nesta época, vivia-se o Estado Novo, implantado por Getúlio Vargas e comemorava-se com ênfase o “Dia da Bandeira” em 4 de setembro, onde também acontecia o desfile das escolas. Aliás, nas escolas diariamente eram cantados o Hino Nacional e o Hino a Bandeira, coisa que em nossos dias não existe mais. Walter diz que não é bom com dinheiro, mas algumas peripécias depõem contra ele. Por exemplo, aproveitando o momento de ascensão e da popularidade de Getulio Vargas como mandatário maior do país, Walter de Oliveira gostava de desenhar e ganhar algum “dinheirinho” fazendo o retrato do Presidente, os quais vendia para estabelecimentos comerciais, barbeiros, padarias e outros.
Em 1942 terminou o ginásio e ingressou num curso médio de Contabilidade, que concluía-se em dois anos. Paralelamente, praticava ginástica olímpica em barras e paralelas, o que o levou, influenciado por colegas, a entrar para o Clube de Regatas Flamengo, onde praticou levantamento de Pesos. Foi destaque em todo o país, durante um campeonato brasileiro da modalidade, realizado em Niterói, no Ginásio Caio Martins, quando bateu um recorde nacional no desenvolvimento, levantando 80 quilos (o recorde anterior era de 75 quilos).
Fez o Serviço Militar obrigatório no município de Santa Cruz, no 1º Batalhão de Engenharia, onde também foi instrutor de Halterofilismo no Clube Social Ramos.
Por questões econômicas, a firma de seu pai faliu e a família mudou-se para São Paulo, para um novo recomeço de vida, logo conseguiu emprego como “Designe” numa empresa suíça que fornecia produtos decorativos para “Bauoh & Lomb”. Em poucos meses foi promovido à gerente, criando diversos modelos de lampadários, lustres, etc.
Sempre dedicado às artes, especializou-se na pintura a óleo; escultura em cobre; madeira; barro, participando de várias exposições, em Brasília; Curitiba e Santa Catarina.
Montou pequena empresa fabricando objetos de cobre, criando painéis e as famosas jangadas de cobre abastecendo lojas no Rio de Janeiro, Curitiba e Rio Grande do Sul. Em 1971 no Salão Paulista de Belas Artes, recebeu o 1º Prêmio “Conselho Municipal de Cultura” (aquisitivo), hoje no Acervo do Museu de São Paulo. Em 1974, recebeu menção honrosa no mesmo Salão com o trabalho “Deposição”.
Dona Benta Flor (In memoriam), a catarinense que inspirou o livro de Walter de Oliveira e a sua vinda para o Sul. |
A vinda para Brusque
Apesar de nacionalmente conhecido, Walter não havia vindo ao Sul até a década de 1970. Foi exatamente em no desta década que uma de suas esculturas, a de Rui Barbosa, com sessenta centímetros e que estava sendo exposta em Brasília, foi vendida para a tradicional família Pastor, da Buettner de Brusque.
Mas o destino, ou as forças universais, quiseram trazer este grande artista para Brusque e no meio do seu caminho acontece uma paixão que lhe acompanha até nossos dias. Conheceu Benta Flor (in memoriam), uma bela moça que residia no Rio de Janeiro, mas que era de Canelinha SC. O tempo se encarregou de levar o romance a um casamento e aos filhos e logo, a família muda-se para as terras de Schneeburg.
Walter Oliveira chega a Brusque em 1974 e vai residir no bairro Jardim Maluche. Como havia ganhado um 1º prêmio em São Paulo, o Prefeito e professor Alexandre Merico logo lhe deu trabalho, encomendando uma estátua de São Cristovão de dois metros de altura em concreto para a Igreja Dom Joaquim (que inclusive lá está até nossos dias). Iniciando a carreira por aqui, a direção da Igreja Matriz Católica encomenda um Tabernáculo (réplica da própria Matriz), e após este trabalho, seguiu-se outros, como: Via Sacra de Cobre para a igreja (capela São Luiz), porta da Igreja Santa Luzia; Tabernáculos; Tribunas; Pintura óleo do Papa João Paulo II, quadro á óleo de Dom Joaquim, hoje no Museu Azambuja; Mosaico na Câmara Municipal de Brusque; mosaico na SDR; Nossa Senhora Aparecida, em São João Batista com dois metros em mosaico, hoje exposto na Comunidade Betânia, Mosaico do brasão de Guabiruba; Brasão e o São João Batista da Prefeitura, Herma (busto) do ex-prefeito na Praça Central em concreto. Herma do ex-prefeito de Ibirama e outro do pracinha da FEB morto na Itália em combate; três painéis de cobre medindo XXI dois metros; Um para o Paraguai encomendado pouco antes da sua extradição para o Brasil (Alfredo Stroesner), recentemente Dom Murilo Krieger, inaugurou na Igreja São Luiz Gonzaga uma tribuna entalhada do “Carneiro de Deus”, também feita por Walter de Oliveira. Além de tudo isso, Walter de Oliveira participou de dezenas de exposições de arte com obras próprias.
Em Brusque, desde 1992 vem colaborando em todos os jornais locais e regionais com crônicas semanais, artigos e opiniões. De lá para cá não parou uma semana sequer de escrever suas crônicas do dia a dia da cidade e tem sido um dos autores locais mais lidos no seu gênero.
A Guisa de curiosidade, Walter de Oliveira foi o ganhador de um dos mais concorridos concursos de Frases para ser impressa nas sacolas de compras da rede de supermercados Archer. Na época a frase ganhadora foi: “CORTEZIA E ECONOMIA FAZEM PARTE DA NOSSA FILOSOFIA”.
Apesar de nacionalmente conhecido, Walter não havia vindo ao Sul até a década de 1970. Foi exatamente em no desta década que uma de suas esculturas, a de Rui Barbosa, com sessenta centímetros e que estava sendo exposta em Brasília, foi vendida para a tradicional família Pastor, da Buettner de Brusque.
Mas o destino, ou as forças universais, quiseram trazer este grande artista para Brusque e no meio do seu caminho acontece uma paixão que lhe acompanha até nossos dias. Conheceu Benta Flor (in memoriam), uma bela moça que residia no Rio de Janeiro, mas que era de Canelinha SC. O tempo se encarregou de levar o romance a um casamento e aos filhos e logo, a família muda-se para as terras de Schneeburg.
Walter Oliveira chega a Brusque em 1974 e vai residir no bairro Jardim Maluche. Como havia ganhado um 1º prêmio em São Paulo, o Prefeito e professor Alexandre Merico logo lhe deu trabalho, encomendando uma estátua de São Cristovão de dois metros de altura em concreto para a Igreja Dom Joaquim (que inclusive lá está até nossos dias). Iniciando a carreira por aqui, a direção da Igreja Matriz Católica encomenda um Tabernáculo (réplica da própria Matriz), e após este trabalho, seguiu-se outros, como: Via Sacra de Cobre para a igreja (capela São Luiz), porta da Igreja Santa Luzia; Tabernáculos; Tribunas; Pintura óleo do Papa João Paulo II, quadro á óleo de Dom Joaquim, hoje no Museu Azambuja; Mosaico na Câmara Municipal de Brusque; mosaico na SDR; Nossa Senhora Aparecida, em São João Batista com dois metros em mosaico, hoje exposto na Comunidade Betânia, Mosaico do brasão de Guabiruba; Brasão e o São João Batista da Prefeitura, Herma (busto) do ex-prefeito na Praça Central em concreto. Herma do ex-prefeito de Ibirama e outro do pracinha da FEB morto na Itália em combate; três painéis de cobre medindo XXI dois metros; Um para o Paraguai encomendado pouco antes da sua extradição para o Brasil (Alfredo Stroesner), recentemente Dom Murilo Krieger, inaugurou na Igreja São Luiz Gonzaga uma tribuna entalhada do “Carneiro de Deus”, também feita por Walter de Oliveira. Além de tudo isso, Walter de Oliveira participou de dezenas de exposições de arte com obras próprias.
Em Brusque, desde 1992 vem colaborando em todos os jornais locais e regionais com crônicas semanais, artigos e opiniões. De lá para cá não parou uma semana sequer de escrever suas crônicas do dia a dia da cidade e tem sido um dos autores locais mais lidos no seu gênero.
A Guisa de curiosidade, Walter de Oliveira foi o ganhador de um dos mais concorridos concursos de Frases para ser impressa nas sacolas de compras da rede de supermercados Archer. Na época a frase ganhadora foi: “CORTEZIA E ECONOMIA FAZEM PARTE DA NOSSA FILOSOFIA”.
Walter de Oliveira com os filhos: Washington Luiz, Wani Aparecida, Walter Junior |
Walter cidadão honorário de Brusque
Ao longo de todos estes anos de militante trabalho em prol da Cultura brusquense, e como reconhecimento pelo seu grande trabalho esforço, honrosamente, ao lado do Dr. Germano Hoffman e do Padre Eloy Dorvalino Koch (In Memoriam), a Walter de Oliveira, foi outorgado o título de “Conselheiro Honorário de Cultura” de Brusque. Com trinta e cinco anos residente no município formou uma terceira geração e esta totalmente integrado como Cidadão de emérito da cidade. Integrado de coração e oficializado pelo título de “Cidadão Honorário” conferido pela Câmara Municipal de Vereadores em 2010.
Capa livro A Benta Flor do Sul |
Lançamento do Livro “A Benta Flor do Sul”
Nesta quarta-feira, às 20 horas, tendo como local o auditório da Uniasselvi/Assevim, Walter de Oliveira lança seu primeiro livro cujo titulo é ao mesmo tempo uma homenagem a sua esposa Benta Flor e ainda, uma alusão a terra que lhe acolheu e lhe deu tantas alegria, o Sul do Brasil.
O projeto do livro “Benta Flor do Sul” se tornou realidade após o autor reunir trinta das suas mais importantes Crônicas escritas e publicadas na imprensa local ao longo dos últimos 20 anos. Além destas, estão inseridas nesta obra diversos outros artigos ainda inéditos e que versam sobre assuntos do cotidiano local, regional e nacional.
Nas páginas desta obra, estão retratadas e ao mesmo tempo analisadas as diversas situações por que passou e passa a cidade de Brusque, de Santa Catarina e mesmo do Brasil nos últimos tempos, sempre na tentativa de se criar uma consciência coletiva que leve o ser humano a construir um mundo melhor, uma sociedade fraternal e um meio ambiente que valorize a vida acima de tudo.
Trata-se de um projeto de mérito Coletivo, pois os escritos justamente polemizam e discutem abertamente as situações sociais em que estamos inseridos e que o autor, diante delas, busca sugerir soluções para que a coletividade local, regional e nacional possa ter um amanhã melhor. É também, sem nenhuma dúvida, um projeto de valor e mérito Cultural, pois a forma como são escritos os textos tendo como base a visão “atual” e critica de um cidadão que ao longo de sua vida dedicou-se as artes mais diversas, sendo reconhecido nacionalmente pelos seus méritos no setor cultural.
Reúne também nesta obra aquilo que podemos chamar de mérito pelo seu caráter multiplicador pois provoca o envolvimento coletivo nas causas efetivamente sociais, levando os leitores a buscar a multiplicação de seus bons atos e das idéias defendidas pelo autor. Mas é principalmente um livro que possui profundo valor didático/pedagógico pois vem proporcionar aos leitores, em especial estudantes, a usar os conhecimentos adquiridos nas diversas matérias e conteúdos recebidos em sala de aula, para colocá-los em prática na construção das suas próprias histórias, bem como a história do nosso povo neste momento histórico que vivenciamos em 2012.
Do meu ponto de vista, trata-se de um livro que possui importante valor e mérito histórico, pois se utiliza na realidade palpável e comprovada das “coisas” do nosso tempo, a partir da década de 1990, buscando embasamento teórico em livros, entrevistas e consultas a órgãos e instituições de nossa sociedade.
Por fim, é uma obra de valor e mérito literário, fornecendo não apenas uma visão do real e do que está acontecendo hoje, mas, e principalmente, uma visão lúdica de alguém que vive num determinado momento da história, mas que ao longo dos seus mais de 80 anos, viveu e presenciou centenas de situações que vem a ensinar aos de hoje e de amanhã grandes lições de vida e de como viver em fraternidade.
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