A manhã desta segunda feira, 20 de dezembro, foi marcada pelo lançamento do último livro, de uma série de 18 livros lançados por autores locais, neste ano do Sesquicentenário de Brusque. O jornalista e professor Celso Deucher juntamente com seus alunos da Escola de Ensino Médio Yvonne Olinger Appel (Escola Jovem) entregou ao público a obra "Brusque: Anteontem-Ontem-Hoje", na qual faz uma análise dos últimos 241 anos de história do município.
O evento aconteceu na própria Escola Jovem, às 10 horas da manhã e contou com a participação de alunos, pais, direção, professores, comunidade e convidados especiais, cujas histórias se entrelaçam nesta publicação. "O livro faz um breve retrospecto histórico com três paradas, sendo primeira delas do ano de 1769 a 1910, a segunda de 1910 a 1960 e a última e maior, de 1960 até 2010, ano que oficialmente comemoramos os 150 anos de fundação", diz Celso Deucher.
Na primeira parte da obra, o autor faz um levantamento histórico a partir da vinda para Brusque do casal de escravos negros que fugiram de Florianópolis e se "arrancharam" nas beiras do Itajaí Mirim em território brusquense e neste local viveram por 18 anos. Depois disto perpassa outros momentos da história antes de 1860, quando oficialmente se criou a Colônia Itajahy. Desta data até 1910 o autor revive a saga da chegada das diversas levas de imigrantes alemães, irlandeses, americanos, franceses, açorianos, portugueses, poloneses, italianos e outros povos que ao longo dos primeiros 50 anos povoaram a Colônia. "Em 1910 a população de Brusque era de 10.242 habitantes e não houve grandes comemorações pois a cidade passava por uma crise econômica de grandes proporções. Em sua maioria esta população ainda dedicava-se a lavoura, porém já havia um grande número de pessoas vivendo na Vila. O comércio desenvolvia-se e a indústria brusquense dava os primeiros passos", conta Deucher.
Na segunda parte da obra o autor resgata um texto da década de 1960 onde uma mulher que assinava-se com o pseudônimo de "H.H." fez um retrospecto histórico dos últimos 50 anos dando detalhes da cidade na sua meninice e na sua velhice. "Este texto é particularmente interessante pois nos levou a fazer diversas pesquisas para se chegar a identidade desta escritora. Trata-se de Hildegard Herweg, uma brusquense que com cerca de 11 anos mudou-se de Brusque, mas que nunca esqueceu da sua cidade natal", esclarece o autor. Frau Damals (Senhora de Outrora), como a autora do texto se auto identificava emociona nas suas narrativas e dá um toque muito peculiar a obra lançada por Deucher. "Os mais de 40 alunos que participaram deste projeto emocionaram-se com a sua narrativa e atendendo ao seu próprio pedido, percorreram novamente o caminho que ela fez em 1910 e em 1960, e lá de cima da Colina Evangélica, também deram as suas impressões da nossa Brusque de Hoje", explica Celso.
Estas impressões são a terceira e última parte da obra, que é prefaciada pelo cronista e artista plástico Walter Oliveira, chegado a Brusque logo depois das comemorações do Centenário de Brusque. "São diversos artigos falando de hoje, incluindo-se temas que vão da segurança pública, saúde, educação, verticalização da cidade, construções antigas, até situações inusitadas como fantasmas e como nascem nossas crianças. Os estudantes pesquisaram praticamente todos os setores da vida ativa da cidade e colocaram tudo no papel e é isso que torna a obra interessante, pois é um documento histórico não apenas para os de hoje, mas para os que vão ler este livro em 2060, quando Brusque comemora 200 anos", diz o autor.
O livro é a finalização de um outro projeto desenvolvido pelo professor Celso Deucher na Escola Jovem: uma "Cápsula do tempo". Trata-se de um idéia única no ano do Sesquicentenário em que os alunos, professores e a direção daquele educandário através das aulas de geografia criaram uma cápsula onde depositaram mensagens para serem lidas em 2060. "Esta cápsula está enterrada no pátio do colégio com ordem expressa para ser aberta apenas em 4 de agosto de 2060 quando estaremos completando 200 anos de história oficial. Este livro fecha este projeto, deixando registrado uma descrição bastante detalhada do município como um todo. Além disso, nos aprofundamos nas mudanças na paisagem humana, na migração, nos vários aspectos da situação econômica, cultural e social da cidade. Tudo isso, é parte não apenas da história de Brusque de anteontem, mas perpassou o ontem e chegou ao hoje, para que amanhã, em 2060, possamos olhar novamente as nossas raízes e continuar a valorizá-la, pois só assim seremos merecedores de pertencer a esta pequena pátria chamada Brusque", finaliza o autor.
A obra contou com o apoio e o patrocínio da Prefeitura Municipal de Brusque, através da Fundação Cultural de Brusque com recursos do Fundo Municipal de Apoio a Cultura. Já está a venda nas livrarias de Brusque e região.
O evento aconteceu na própria Escola Jovem, às 10 horas da manhã e contou com a participação de alunos, pais, direção, professores, comunidade e convidados especiais, cujas histórias se entrelaçam nesta publicação. "O livro faz um breve retrospecto histórico com três paradas, sendo primeira delas do ano de 1769 a 1910, a segunda de 1910 a 1960 e a última e maior, de 1960 até 2010, ano que oficialmente comemoramos os 150 anos de fundação", diz Celso Deucher.
Na primeira parte da obra, o autor faz um levantamento histórico a partir da vinda para Brusque do casal de escravos negros que fugiram de Florianópolis e se "arrancharam" nas beiras do Itajaí Mirim em território brusquense e neste local viveram por 18 anos. Depois disto perpassa outros momentos da história antes de 1860, quando oficialmente se criou a Colônia Itajahy. Desta data até 1910 o autor revive a saga da chegada das diversas levas de imigrantes alemães, irlandeses, americanos, franceses, açorianos, portugueses, poloneses, italianos e outros povos que ao longo dos primeiros 50 anos povoaram a Colônia. "Em 1910 a população de Brusque era de 10.242 habitantes e não houve grandes comemorações pois a cidade passava por uma crise econômica de grandes proporções. Em sua maioria esta população ainda dedicava-se a lavoura, porém já havia um grande número de pessoas vivendo na Vila. O comércio desenvolvia-se e a indústria brusquense dava os primeiros passos", conta Deucher.
Na segunda parte da obra o autor resgata um texto da década de 1960 onde uma mulher que assinava-se com o pseudônimo de "H.H." fez um retrospecto histórico dos últimos 50 anos dando detalhes da cidade na sua meninice e na sua velhice. "Este texto é particularmente interessante pois nos levou a fazer diversas pesquisas para se chegar a identidade desta escritora. Trata-se de Hildegard Herweg, uma brusquense que com cerca de 11 anos mudou-se de Brusque, mas que nunca esqueceu da sua cidade natal", esclarece o autor. Frau Damals (Senhora de Outrora), como a autora do texto se auto identificava emociona nas suas narrativas e dá um toque muito peculiar a obra lançada por Deucher. "Os mais de 40 alunos que participaram deste projeto emocionaram-se com a sua narrativa e atendendo ao seu próprio pedido, percorreram novamente o caminho que ela fez em 1910 e em 1960, e lá de cima da Colina Evangélica, também deram as suas impressões da nossa Brusque de Hoje", explica Celso.
Estas impressões são a terceira e última parte da obra, que é prefaciada pelo cronista e artista plástico Walter Oliveira, chegado a Brusque logo depois das comemorações do Centenário de Brusque. "São diversos artigos falando de hoje, incluindo-se temas que vão da segurança pública, saúde, educação, verticalização da cidade, construções antigas, até situações inusitadas como fantasmas e como nascem nossas crianças. Os estudantes pesquisaram praticamente todos os setores da vida ativa da cidade e colocaram tudo no papel e é isso que torna a obra interessante, pois é um documento histórico não apenas para os de hoje, mas para os que vão ler este livro em 2060, quando Brusque comemora 200 anos", diz o autor.
O livro é a finalização de um outro projeto desenvolvido pelo professor Celso Deucher na Escola Jovem: uma "Cápsula do tempo". Trata-se de um idéia única no ano do Sesquicentenário em que os alunos, professores e a direção daquele educandário através das aulas de geografia criaram uma cápsula onde depositaram mensagens para serem lidas em 2060. "Esta cápsula está enterrada no pátio do colégio com ordem expressa para ser aberta apenas em 4 de agosto de 2060 quando estaremos completando 200 anos de história oficial. Este livro fecha este projeto, deixando registrado uma descrição bastante detalhada do município como um todo. Além disso, nos aprofundamos nas mudanças na paisagem humana, na migração, nos vários aspectos da situação econômica, cultural e social da cidade. Tudo isso, é parte não apenas da história de Brusque de anteontem, mas perpassou o ontem e chegou ao hoje, para que amanhã, em 2060, possamos olhar novamente as nossas raízes e continuar a valorizá-la, pois só assim seremos merecedores de pertencer a esta pequena pátria chamada Brusque", finaliza o autor.
A obra contou com o apoio e o patrocínio da Prefeitura Municipal de Brusque, através da Fundação Cultural de Brusque com recursos do Fundo Municipal de Apoio a Cultura. Já está a venda nas livrarias de Brusque e região.
Último livro do Sesquicentenário
Ao longo destes últimos cinquenta anos, centenas de obras foram lançadas, por diversos autores da cidade. Somente em 2010 vieram à tona 18 livros tratando de temas variados da cidade, da região, do estado e do país. Vejamos quais foram: Jornaes de Hontem: Manoel Ferreira de Miranda e o primeiro Diário de Itajahy (Saulo Adami, Tina Rosa e Gênice Suavi), Entre o rio e o mar (Ivan Carlos Serpa), O goleiro acorrentado (Valdir Appel), Guabiruba de todos os tempos (Saulo Adami e Tina Rosa), Arthur Schlösser e a criação dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Saulo Adami), O Anjo que te acorda (Tina Rosa e Gênice Suavi), Kuranda (Saulo Adami), Pedalando pelo Tempo: História da Bicicleta em Brusque (Ricardo José Engel), Eu Sou Anselmo Boos (Anselmo Boos, Gênice Suavi e Saulo Adami), As Famílias de Brusque (João Carlos Mosimann), Catarinenses: Gênese e história (João Carlos Mosimann), Gauchismo no Vale Europeu - História dos 30 anos do CTG Laço do Bom Vaqueiro (Edinéia Pereira da Silva), Da Janela da Casa Ancestral: A trajetória da Família Imhof (Renate Imhof Benvenutti), Educação e Instrução em Brusque (Arno Ristow), ADAC – Memória Empresarial – As fantásticas histórias dos distribuidores atacadistas na constituição de suas empresas (Reinaldo Cordeiro), Fani: Uma vida em perspectiva (Aquiles Duarte de Souza). Fecham o ano do sesquicentenário de Brusque o lançamento das obras: Medicina Vielen Dank, Her Doktor (Saulo Adami) e este Brusque Anteontem-Ontem-Hoje de Celso Deucher.
(Publicado no Jornal Tribuna Regional, Ano XIV, Nº 731, 23 de dezembro de 2010)
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