quarta-feira, 22 de junho de 2011

MARCAS DE UM GENOCÍDIO CULTURAL EM BRUSQUE

Celso Deucher*
Era a década de 1930... O ditador Getúlio Vargas promovia um golpe de estado e tomava o poder, iniciando a instalação de um regime nazifascista no Brasil. Assim como Hitler e Mussolini acreditava Vargas que o estado deveria fazer a nação e não o contrário, como hoje lutamos para que aconteça nos regimes democráticos.

Durante anos o ditador flertou e criou laços de “amizade” com os dois principais ditadores europeus, chegando a elogiar Hitler em público por diversas vezes. Em 1940, congratulou-se com o ditador alemão quando este tomou Paris declarando seu apoio as “nações fortes que se impõe pela organização baseada no sentimento da pátria e sustentando-se na convicção da própria superioridade”.

A nível interno, sua máquina de propaganda criada no espelho das práticas de Joseph Goebbels (Propagandaminister de Hitler) enfiou na cabeça de todos no país que tratava-se do verdadeiro pai dos pobres e ainda hoje é fácil encontrar gente elogiando o ditador por este ter criado os direitos trabalhistas entre outras coisas. Esquecem que as tais leis trabalhistas por ele “criadas” foram na verdade conquistadas a duras penas pelo movimento dos trabalhadores ao longo das três primeiras décadas do século XX.

Oportunista como todos os ditadores, Vargas logo mudaria de lado com a eclosão da 2ª Guerra Mundial e após o ainda pouco explicado episódio do ataque a navios da marinha mercante brasileira, entrou no conflito ao lado dos países aliados. Isto mudaria sua postura também em relação aos cidadãos brasileiros descendentes de alemães, italianos e japoneses no Brasil.


A versão oficial (portanto distorcida) sobre os conflitos entre o estado ditatorial brasileiro e os descendentes de alemães é conhecida e amplamente divulgada. O que é muito pouco conhecida até hoje é a versão dos imigrantes e descendentes de alemães do Sul do Brasil. A proibição da língua, as perseguições, as prisões, as propriedades e empresas encampadas pelo governo em nome de um questionável “perigo alemão”, geraram, principalmente nos municípios nascidos dos núcleos coloniais alemães, muito desespero, terror e configurou, do nosso ponto de vista no que chamamos de “Genocídio Cultural no Sul do Brasil”.



Documentário “Sem Palavras”

  É justamente para contar este outro lado da história que a jornalista brusquense, Katia Klock criou um contundente documentário chamado “Sem palavras” (Contraponto – 2009). A produção já exibida dezenas de vezes no Vale do Itajaí e em especial Brusque, ganhou o estado e o mundo, sendo apresentada em diversas cidades do país e também em Cabo Verde e nos Estados Unidos. Como era de se esperar vem suscitando debates sobre os sentimentos de intolerância, preconceito e perseguição que são intensificados durante as guerras.

Mas muito além disto, “Sem Palavras” faz um resgate das vivências de perseguição e medo dos imigrantes alemães e seus descendentes durante a Segunda Guerra Mundial no Sul do Brasil, região com extensa colonização germânica a partir do século XIX. A Campanha de Nacionalização de Vargas e a entrada na Guerra em 1942, contra os países do Eixo, aumentou a repressão aos estrangeiros e imigrantes daqueles países, principalmente aos alemães, que eram identificados ao regime nazista de Hitler. O documentário mostra um dos lados da história, relatado por quem era criança e descendente germânico nos anos 1940.

Em 2010, “Sem palavras” foi assistido por dezenas de pessoas em Nova York. O crítico de cinema Micki Mihich, que após a apresentação mediou um debate que contou com a presença de Kátia Klock e do produtor Mauricio Venturi, declarou na revista Dynamite: “O resultado [do documentário] é um relato revelador no sentido histórico e emocionante no sentido humano. O que poderia facilmente ter ido para o caminho acadêmico é um filme fascinante que só peca por ser tão curto: tem apenas uma hora de duração”. Em resumo, a produção de Sem palavras retrata com riqueza de detalhes a época, quando o Brasil entrou na 2ª Guerra contra os países do Eixo, a proibição dos idiomas alemão, italiano e japonês foi intensificada no país e houve perseguição e tortura a estes estrangeiros e seus descendentes.

A maioria dos entrevistados de “Sem Palavras” era criança durante a Segunda Guerra e todos são descendentes de alemães. Com uma pesquisa criteriosa do período histórico, o documentário agrega fotografias e arquivos sonoros, e reconstitui o ambiente dramático de época. As encenações foram realizadas com não-atores descendentes de famílias alemãs de Blumenau, Brusque, Joinville, Florianópolis, Balneário Camboriú, Pomerode e outras cidades de origem alemã. As composições da trilha sonora são do maestro brusquense Edino Krieger, que cedeu algumas obras para o filme.

De Brusque aparecem diversos depoimentos contando os horrores daquele momento em que agonizava na cidade os mais caros e importantes valores culturais trazidos da Alemanha e preservados quase que intactos durante os mais de 80 anos de presença na região. A grande chacina cultural teve como principal foco a língua alemã e consequentemente tudo que ela representava não só como expressão e comunicação, mas como visão lúdica de mundo.

Em nome de um nacionalismo exacerbado (tal qual pregavam Hitler e Mussolini), Getúlio Vargas não titubeou em usar todos os poderes para calar a esta gente que ele pouco conhecia e que muito já vinha contribuindo para o progresso do Brasil que ele tomou para si com mãos de ferro.

Em Brusque houveram as mais terríveis atrocidades, como prender cidadãos e obrigá-los tomar quantidades cavalares de óleo de rícimo em público apenas por que não sabiam falar o português. A queima de livros também foi uma constante e a prisão de pessoas, que depois eram levadas para os campos de concentração de Florianópolis e Joinville, aconteciam às centenas. Há relatos contundentes e emocionantes de professores e alunos da época que foram presos por que não sabiam comunicar-se em português.

As escolas alemãs, de altíssimo nível educacional, tiveram que se ajoelhar ao novo regime e de imediato, de um dia para o outro, passar a ensinar as crianças em português, o que para muitos “era grego”, como bem fica assinalado no documentário “Sem Palavras”. Aquelas escolas que não se submeteram foram imediatamente fechadas e proibidas de funcionar.
A expressão “Quinta Coluna” permeia todo o documentário de Katia Klock. Era uma forma de agressão usada pelos “brasileiros” natos contra os alemães e significava algo como “traidores do Brasil”. Na literatura internacional a expressão é usada para se referir a “grupos clandestinos que trabalham dentro de um determinado país ou região, ajudando a invasão armada promovida por um outro país em caso de guerra internacional”. Nada mais comum aos ditadores que a invenção de inimigos externos para chancelar seus tenebrosos objetivos internos. Naquele momento, os alemães de Brusque e do Brasil foram usados até para este fim.

Genocídio Cultural

De acordo com o professor Ciro Danke, em sua tese sobre “Políticas lingüísticas e a conservação da língua alemã no Brasil” as línguas têm sido sempre fonte de arbítrio de decisões políticas ao longo da história. “Desde muito tempo as ações políticas foram no sentido de eliminar ou manter uma determinada língua. No Brasil, as línguas foram o elemento de arbítrio do Estado Brasileiro contra as populações de imigrantes e refletem a Política Lingüística do governo não só quanto às línguas alóctones (de imigração), mas também quanto às línguas indígenas (autóctones)”, diz.

Para este estudioso, “ao desconsiderar as etnias, aqui compreendendo culturas e línguas já existentes e outras que vieram com o escravagismo e com as políticas imigratórias, o Estado acabou espoliando desses cidadãos direitos legítimos de cidadãos, isto é, expressar-se em sua língua materna. Estas ações acabaram por eliminar várias línguas faladas em território nacional e outras estão em processo de desaparecimento, naquilo que se convencionou chamar de Glotocídio”.

Outra pesquisadora do assunto, Valéria Contrucci de Oliveira Mailer, denuncia que muita represália sofreu o colono imigrante ou seu descendente pelo simples fato de ser de origem alemã ou falar o idioma alemão. “É comum ouvir histórias de prisões arbitrárias ou atos de torturas contra os imigrantes. Mas, o mais significativo por essa ocasião foi o silenciamento de toda uma comunidade de cidadãos com a proibição da língua. Contradições e conflitos advindos dessa violência parecem até hoje influenciar a identidade e a constituição da subjetividade dos teuto-brasileiros”, afirma.

Com o fim da Guerra, muito pouca coisa voltou ao normal. O medo e as lembranças dos maus momentos passados pelos descendentes de alemães em Brusque fez com que os país já não ensinassem mais seus filhos a falar o alemão e dali por diante, o português tomou conta. Hoje em dia são pouquíssimas famílias que ainda mantém o hábito de falar e ensinar os filhos a se comunicar na língua de seus antepassados.

A maioria dos que tentam manter o idioma alemão concordam com pesar que a morte desta língua em Brusque é questão de mais uma geração. O pior é o que já vem acontecendo e o que ainda vai acontecer com isso, pois sabemos que quando uma língua desaparece, todo um modo de pensar, uma visão do mundo desaparece com ela, o que apenas irá empobrecer a cultura humana e a capacidade do povo de entender o mundo ao redor.

Num mundo cada vez mais globalizado, restou ao Brasil e a diversos países periféricos do mundo, grande parte do lado “ruim” desta homogeneização econômica, cultural, social e política. Fadados a ceder nossos mais caros princípios em nome de ideologias e convenções políticas e culturais que nada tem em comum conosco, caminhamos a passos largos para um “novo mundo” onde ninguém consegue prever, com certa margem de acerto, onde isso tudo vai dar.

Dentre as centenas de manifestações culturais de origem alemã que tínhamos no início de 1900 em Brusque, depois da década de 1940 poucas sobreviveram. A língua, a música, o canto, a dança, o folclore, e outras manifestações foram aos poucos dando lugar a folguedos e representações culturais alheias a gente de Brusque.

De fato, basta dar uma revisitada no “Álbum do Centenário de Brusque”, editado pela Sociedade Amigos de Brusque, para perceber que ao longo das décadas de 1900, aos poucos a população local foi mudando e a chegada em massa, depois de 1950 de brasileiros das mais variadas origens, a cidade passou a ter outra cara. Já em 1960, nas comemorações do Centenário a realidade era bem outra em termos étnicos.

Alemães, italianos, poloneses, austríacos e outras etnias colonizadoras do município tiveram que se adaptar as novas configurações que “a modernidade” exigia. Por isso a língua alemã, que de certa forma sempre dominou em Brusque foi definitivamente sendo deixada de lado.

Era então, os últimos suspiros da língua alemã em Brusque. O genocídio cultural nesta região tomava ares de etnocídio, vindo a destruir não apenas a língua, mas também grande parte da cultura local. A decisão pelo “linguicídio”, como forma de tornar brasileiros na marra os cidadãos deste território, escancarou as portas para a aculturação e o fim do “estilo de vida brusquense” era questão de tempo.

A afirmação de que “nem tudo que Getúlio fez foi ruim”, equivale a aceitar a premissa de que “Hitler também tinha o seu lado bom”. Certamente os crimes cometidos por Getúlio Vargas e o estado brasileiro, motivados pela etnicidade, jamais serão penalizados. Me parece que os próprios descendentes de imigrantes já tiveram que aceitar isto. Além do mais, o próprio Getúlio (assim como Hitler), "foi para o inferno mais cedo" e pelas próprias mãos, mostrando-se um dos maiores covardes da história do Brasil. “Poderia ter morrido sem esta carga”, diríamos nós. Deixou, no entanto, suas marcas sanguinárias aqui em nossa cidade e para homenageá-lo, os “nossos quinta colunas” nomearam uma das mais importantes avenidas da cidade com seu nome. Nada mais tosco e de mau gosto que homenagear o principal algoz da cultura local.

Na década de 1980, depois das catástrofes causadas pelas cheias, viria a renascer em Brusque a firme vontade de resgatar ao menos em parte o que a tantos anos havia se perdido: a cultura alemã. Nascia em Blumenau a Oktoberfest e no rastro dela a Fenarreco, que desde o seu início primou por resgatar as origens do povo brusquense através da música, do canto, da dança e das comidas típicas. Era um novo fôlego, um novo alvorecer...


Gruppe der Freunde des Deutschen Gesang
(Grupo Amigo do Canto Alemão)


Como vimos, a partir da década de 1980, uma nova consciência étnica voltou a circular em Brusque. Era hora de resgatar o passado para construir o futuro. Afinal nem tudo se perdeu ou foi destruído pela criminosa ação do ditador Vargas e pelos subseqüentes governantes brasileiros. Se nas ruas era proibido falar o alemão e mesmo depois da guerra, essa ordem ainda continuava em vigor, dentro das casas, no seio familiar, a língua sobreviveu até nossos dias.

E foi isto que levou, cerca de 60 anos depois dos terríveis acontecimentos, um grupo de brusquenses a tomar a iniciativa de buscar a manutenção do idioma para além das suas casas e famílias. Fundaram em Brusque oficialmente no dia 16 de junho de 1990 um grupo instrumental e vocal com o objetivo de desenvolver, estimular, preservar e difundir as canções folclóricas alemãs. Nascia neste dia o Grupo Amigo do Canto Alemão (Gruppe der Freunde des Deutschen Gesang). Trata-se de um dos mais belos e eloquentes exemplos de preservação da língua Alemã em Brusque.

Ao comemorar 21 anos, e atualmente formado por mais de 25 integrantes, o Grupo já lançou dois CDs com belíssimas canções do folclore alemão. De acordo com seu atual presidente, Marcos Welter, são canções que vieram junto com os colonizadores do município e que foram resgatadas. “Nosso grupo é formado em sua maioria por descendentes de imigrantes, que com muito entusiasmo e determinação fundaram este grupo para manter viva esta tradição de nossos antepassados”, afirma Welter.

Na semana em que comemorava seus 21 anos, estivemos numa das reuniões do grupo e pudemos conhecer alguns dos seus membros que com entusiasmo tem mantido viva esta tradição dos brusquenses. Foi lá que recebemos inclusive uma publicação realizada pelo grupo, contendo, além da sua história, as letras dos cantos que apresentam. “Antes mesmo de ser fundado oficialmente este grupo de pessoas já se reunia e cantava, com muito amor, as canções que aprenderam com seus pais e avós”, afirma a publicação editada pelo grupo em 1998, um “Livro de Canto” do grupo, com músicas tradicionais e festivas alemãs, num trabalho de resgate das tradições.

Este reviver da cultura alemã através do canto, desde a sua formação, a recepção do Grupo Amigos do Canto Alemão foi tão grande junto a comunidade que em 6 de março de 1992 o prefeito e os vereadores do município declararam o grupo de utilidade através da lei municipal 1702/92.

Desde o inicio, nas reuniões “para cantar”, todos acompanhavam atentamente e relembravam passagens importantes da colonização alemã em Santa Catarina. E foi a partir destas reuniões familiares que surgiram diversos convites para que eles se apresentassem em público, e foram elas que estimularam a criação de um grupo organizado, com objetivos bem definidos, para que a empolgação não fosse somente momentânea, mas que fosse organizada e definitiva.

Desde a década de 1990 os convites para que o Grupo se apresente não param de chegar. Por isso desde a sua fundação eles mantém firme a convicção e o compromisso de todas as quintas- feiras se reunirem para ensaiar. Na última semana estavam todos ao redor de um legitimo canto alemão na casa de Erich Stoltenberg e durante mais de duas horas os mais importantes temas da presença alemã em Brusque desfilaram nas conversas em tom informal.

Sem nenhuma dúvida o grupo tem desempenhado um papel importantíssimo na preservação da cultura alemã em Brusque e na região. Mas não é só por aqui que eles têm trabalhado firmemente para preservar a língua e o canto alemão. Eles têm sido muito solicitados para apresentação em diversas outras cidades de Santa Catarina e tem feito bonito, representando a cidade.

Mas a viagem marcante que todo o grupo não esquece aconteceu em 1997, quando eles realizaram uma excursão para a Europa (em especial Alemanha), visitando 15 cidades e se apresentando em sete. Através de um intercâmbio, eles recepcionaram, no ano seguinte, a Associação Cultural de Kirrlach (Alemanha), que veio a Brusque fazer apresentações. Foi uma volta ao passado e o fortalecimento dos laços de amizade que unem brusquenses e alemães.

Mas não é fácil manter esta tradição viva. É possível sentir nos membros do grupo que eles sentem falta de participação de novos integrantes. Quem sabe o envolvimento de jovens. Ao que pudemos entender, o grupo está aberto a novos participantes e não precisa saber falar o alemão fluentemente. Basta ter vontade de aprender e querer dedicar-se coletivamente a preservar esta tradição.

O Grupo Amigo de Canto Alemão se mantém sem subvenções governamentais ou qualquer tipo de auxílio. Cada integrante custeia os trajes e as viagens culturais, além de outras despesas. Para se apresentar, o Grupo Amigo de Canto Alemão não cobra cachê. No entanto, todos contribuem com uma pequena mensalidade para a associação. É um dos poucos grupos que se mantêm firme e forte na cidade de Brusque defendendo e preservando a tradição dos antepassados da mais importante etnia que colonizou o município.

Na atualidade outras boas notícias também permeiam os meios culturais da cidade. Em Guabiruba, por exemplo, há aula de língua alemã gratuita a população e em Brusque, além de algumas escolas particulares que já tem curso, há informações de que em breve, a rede municipal de ensino também poderá ter gratuitamente esta opção a disposição da comunidade.


SERVIÇO:
Para adquirir os CDs do Grupo Amigo do Canto Alemão basta ligar para (47) 3351-3366 ou pelo e-mail: stoltenberg@stoltenberg.com.br  Também é possível adquirir na Jumar Discos (Rua Lauro Müller, ao lado da Madeireira Stoltemberg, Centro).

Já os interessados que desejarem adquirir o DVD do Documentário “Sem Palavras” para acervo pessoal podem entrar em contato com producao@contraponto.tv ou (48) 3334 9805 ou 9989 4202. O custo é de R$ 15 mais taxa de postagem.

(Publicado no JORNAL EM FOCO, edição nº 55 de 21 de junho de 2011 - Disponível em http://brusque-emfoco.blogspot.com/)

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. É triste, patético e vergonhoso que ainda hoje haja gente que admire personagens tão maléficas, tão desumanas e tão inescrupulosas como Hitler, Mussolini, Franco, Salazar, Vargas, etc...

    Fico indignado, por exemplo, com cidades, especialmente as paulistas, que homenageiam Vargas em seus logradouros e vejo como o pior exemplo de homenagem e adoração ao maléfico que uma instituição do respaldo que é a FGV carregue o nome daquele monstro, e pior, que atue sobre o solo que aquele crápula ordenou bombardear e que dela faça parte gente do povo que aquele infeliz mandou massacrar.

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  3. Um documentário que conta historias de imigrantes alemães que vieram para o Brasil mais precisamente em Santa Catarina em busca de um vida melhor, só que não foi bem assim que tudo aconteceu. São relatos de pessoas que sofreram e que perderam a liberdade de expressar seus costumes e cultura que traziam junto com sigo, todo esse sofrimento ocorreu quando Getulio Vargas comandava o governo e também a Europa passava por uma grande crise, a segunda guerra mundial ao comando do Ditador Hitler que acabou com a vida de muitas pessoas inocentes, no meu ponto de vista, esse modo de comando de Hitler influenciou de certa forma, o governo Getulio Vargas, que coma Campanha de Nacionalização que amedrontou e proibiu os alemães de saírem nas ruas e mesmo se quer falar sua língua, para não morrerem teriam que aprender a falar o português, coisa que não era fácil, foi dessa forma que hoje em dia só sabemos mal o nosso português, pois lá no inicio de tudo fomos privados de aprender línguas diferentes e até culturas e costumes de outros povos. Para que o governo tivesse um controle sobre a população alemã, colocava espiões próximos as casas para ouvir se estavam ouvindo radio ou falando em alemão. Os alemãs eram chamados de Quinta Coluna, pessoas que eram consideradas Traidoras da Pátria. No dia 22 de agosto de 1942 o Brasil se torna inimigo da Alemanha, se caso alguém que fosse descendente de alemão e não cumprisse as regras do “Ditador Brasileiro” seriam levados para os Campos de Concentração que tinha em Santa Catarina na época, que também eram chamados de hospícios, em Florianópolis tinha o campo de concentração Trindade, a intenção era calar os alemães, que eram obrigados a trabalhar de graça fabricando moveis para os soldados do governo. Para surpresa da população em Blumenau havia um local que apoiava Hitler,
    Um povo que sofreu e lutou até o fim, até morrerem sem aprender a falar uma se quer palavra em português, pessoas que lutaram e lutam até hoje para manter suas culturas e seus costumes sem perder suas origens.

    Autora: Bruna de Almeida

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  4. Parabéns ao professor Celso Deucher que tão bem soube enficar o assunto que nos tirou a grande possibilidade de ainda hoje falarmos pelo menos três ou quatro línguas diferentes. Nunca havia pensado em que se tratava de um "genocídio cultural" como chamou o autor, mas após ler os seus argumentos passei a ver de outra maneira. Como Sulista nunca havia me dado conta desta face do ditador Vargas, que não difere muito de Hitler, Mussolini, Lenin, Stalin e tantos outros carrascos que o mundo teve o desprazer ter gerar em nosso meio.

    Demerval Santana
    Porto Alegre

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  5. Oi,
    De fato a ditadura não é regime para ninguém apoiar. Retirar o bem maior a liberdade,não há nada pior. Sou professora e vi aqui na Bahia um dos maiores educadores brasileiro, Anísio Teixeira sofre perseguição desde o Estado Novo até a sua morte, em pleno Regime Militar. Conheci e trabalhei com um professor de Latim e História da Arte Carlo Ott (tradução do seu nome após se naturalizar. Antes Karl Borromeu Ott) que segundo ele na década de 1940 foi transferido para uma cidade do interior da Bahia - Maracás, considerada de clima europeu e onde ficaram muitos alemães residentes na Bahia. Absurdo.Tive vários amigos alemães e nada difere de outra nacionalidade . Viajei muito pela Europa e mais pela Alemanha - norte e sul, pais que me afino muito por ser disciplinado, ter respeito a ordem, responsáveis e amigos. Todo ser humano tem falhas independe de nacionalidade. Caráter, é outra coisa. Conheço esta linda cidade e adoro o artesanato alemão.Os brasileiros também são discriminados em muitos países. Esperamos que nunca mais tenhamos ditadores como Hitler, Mussolini Getúlio Vargas e outros ainda na America Latina: Chaves, Maduro, Fidel Castro, dentre outros. Devemos respeito, mas somos livres e responsáveis; sem a responsabilidade não ha liberdade de direitos.

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  6. Oi deixei meu email bastoszelia@gmail.com

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